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Ementa e Acórdão 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDORES PÚBLICOS – PRETENDIDA HOMOLOGAÇÃO DO PROCEDIMENTO A QUE SE REFERE O ART. 8º DA LEI Nº 8.460/92 – ENQUADRAMENTO NO PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARREIRAS – POSSIBILIDADE – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, Sessão Virtual de 02 a 09 de outubro de 2020. CELSO DE MELLO – RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1A8E-8916-4ACA-0F2B e senha 020F-A3F8-444A-5EED Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que, por mim proferida, deu provimento ao recurso ordinário deduzido, pela parte ora agravada, em face de acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça. Inconformada com esse ato decisório, a ora recorrente interpõe este recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas pela parte agravante, submeto à apreciação desta colenda Turma o presente recurso de agravo. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 32C5-7A2E-EBEF-1AE9 e senha 9A76-427A-AD6E-E904 Supremo Tribunal Federal 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que, por mim proferida, deu provimento ao recurso ordinário deduzido, pela parte ora agravada, em face de acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça. Inconformada com esse ato decisório, a ora recorrente interpõe este recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas pela parte agravante, submeto à apreciação desta colenda Turma o presente recurso de agravo. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 32C5-7A2E-EBEF-1AE9 e senha 9A76-427A-AD6E-E904 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo não assistir razão à parte agravante, eis que a decisão ora recorrida ajusta-se, com integral fidelidade, ao magistério jurisprudencial firmado por esta Suprema Corte na matéria em exame. Tal como tive o ensejo de ressaltar no ato decisório agravado, o Ministério Público Federal, em manifestação da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. SANDRA CUREAU, ao opinar pelo provimento do recurso ordinário, formulou parecer que está assim ementado (fls. 330): “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. INCLUSÃO NO PCC. I – SERVIDORES QUE TIVERAM SUAS SITUAÇÕES FUNCIONAIS ALTERADAS PELA ADMINISTRAÇÃO, PASSANDO A SER REGIDOS PELA LEI 8.112/90. II – POSSIBILIDADE DE RECLASSIFICAÇÃO DO CARGO PÚBLICO, DE ACORDO COM O PCC, SEM A ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS. III – A ESTABILIDADE, ATRIBUTO PESSOAL DO FUNCIONÁRIO, NÃO É UMA CONDIÇÃO EXIGIDA PARA A SUA INSERÇÃO NO PCC. IV – PARECER PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO.” Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo não assistir razão à parte agravante, eis que a decisão ora recorrida ajusta-se, com integral fidelidade, ao magistério jurisprudencial firmado por esta Suprema Corte na matéria em exame. Tal como tive o ensejo de ressaltar no ato decisório agravado, o Ministério Público Federal, em manifestação da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. SANDRA CUREAU, ao opinar pelo provimento do recurso ordinário, formulou parecer que está assim ementado (fls. 330): “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. INCLUSÃO NO PCC. I – SERVIDORES QUE TIVERAM SUAS SITUAÇÕES FUNCIONAIS ALTERADAS PELA ADMINISTRAÇÃO, PASSANDO A SER REGIDOS PELA LEI 8.112/90. II – POSSIBILIDADE DE RECLASSIFICAÇÃO DO CARGO PÚBLICO, DE ACORDO COM O PCC, SEM A ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS. III – A ESTABILIDADE, ATRIBUTO PESSOAL DO FUNCIONÁRIO, NÃO É UMA CONDIÇÃO EXIGIDA PARA A SUA INSERÇÃO NO PCC. IV – PARECER PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO.” Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 333/334): “Os recorrentes ingressaram no serviço público por convênio, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Ocorre que não completaram os cinco anos exigidos para a aquisição da estabilidade extraordinária, prevista no art. 19 do ADCT. Contudo, a Administração reconheceu o vínculo empregatício dos funcionários, integrando-os ao Regime Jurídico único, por meio da Portaria 24/94, do Ministério da Agricultura. Assim, como passaram a ser servidores públicos, não-estáveis, seus cargos foram reclassificados, segundo o Plano de Classificação de Cargos e Salários. Como visto, a inclusão dos funcionários públicos no PCC decorre da alteração de seus regimes funcionais: passaram a ser estatutários, não havendo ilegalidade alguma nesse reenquadramento, vez que as mesmas atribuições funcionais foram mantidas no cargo equivalente, que consta na Lei 5.645/70. No entanto, o acórdão impugnado concedeu a segurança somente aos estáveis. Ora, a estabilidade é um atributo pessoal do funcionário (RE 163715, MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 19.12.96), não servindo de parâmetro para a análise de inclusão do servidor no PCC, eis que tal inserção depende, apenas, das funções exercidas pelo mesmo. Ressalte-se, ainda, que a lei não exige a estabilidade como condição para se promover tal inclusão. Desse modo, a decisão recorrida fez indevida distinção, pois tanto os estáveis (beneficiados) quanto os não-estáveis (recorrentes) são estatutários, sendo a estabilidade importante, apenas, para se aferir a possibilidade de exoneração ‘ad nutum’ do servidor público. Além disso, deve-se frisar que não foi deferida aos recorrentes qualquer forma de provimento derivado em outro cargo público, nem mesmo a promoção. Tão somente, houve a correspondência, no PCC, do cargo que ocupavam, eis que passaram a ser regidos pela Lei 8.112/90. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 333/334): “Os recorrentes ingressaram no serviço público por convênio, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Ocorre que não completaram os cinco anos exigidos para a aquisição da estabilidade extraordinária, prevista no art. 19 do ADCT. Contudo, a Administração reconheceu o vínculo empregatício dos funcionários, integrando-os ao Regime Jurídico único, por meio da Portaria 24/94, do Ministério da Agricultura. Assim, como passaram a ser servidores públicos, não-estáveis, seus cargos foram reclassificados, segundo o Plano de Classificação de Cargos e Salários. Como visto, a inclusão dos funcionários públicos no PCC decorre da alteração de seus regimes funcionais: passaram a ser estatutários, não havendo ilegalidade alguma nesse reenquadramento, vez que as mesmas atribuições funcionais foram mantidas no cargo equivalente, que consta na Lei 5.645/70. No entanto, o acórdão impugnado concedeu a segurança somente aos estáveis. Ora, a estabilidade é um atributo pessoal do funcionário (RE 163715, MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 19.12.96), não servindo de parâmetro para a análise de inclusão do servidor no PCC, eis que tal inserção depende, apenas, das funções exercidas pelo mesmo. Ressalte-se, ainda, que a lei não exige a estabilidade como condição para se promover tal inclusão. Desse modo, a decisão recorrida fez indevida distinção, pois tanto os estáveis (beneficiados) quanto os não-estáveis (recorrentes) são estatutários, sendo a estabilidade importante, apenas, para se aferir a possibilidade de exoneração ‘ad nutum’ do servidor público. Além disso, deve-se frisar que não foi deferida aos recorrentes qualquer forma de provimento derivado em outro cargo público, nem mesmo a promoção. Tão somente, houve a correspondência, no PCC, do cargo que ocupavam, eis que passaram a ser regidos pela Lei 8.112/90. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF Ante o exposto, opina o Ministério Público Federal pelo conhecimento e provimento do recurso.” (grifei) Cabe enfatizar, por oportuno, que a pretensão deduzida na presente sede recursal limita-se, tão somente, à homologação do procedimento a que se refere o art. 8º da Lei 8.460/92, com o fim de promover o enquadramento dos servidores públicos ora recorridos no pertinente Plano de Classificação de Carreiras, tendo em vista o conteúdo da Portaria MAARA nº 24/1994. Vê-se, desse modo, que os ora agravados não pleiteiam, nesta sede processual, o acesso ao benefício constitucional da estabilidade anômala (ADCT, art. 19) – cuja disciplina constitucional impõe, para efeito de sua concessão, o necessário e simultâneo atendimento, pelo servidor público civil, dos requisitos de índole constitucional (RTJ 134/144, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – nem buscam o reconhecimento de efetividade nos cargos públicos por eles ocupados – o que exigiria a prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II). Acolho, integralmente, como razão de decidir, os fundamentos em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982-AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692- -AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.). Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF Ante o exposto, opina o Ministério Público Federal pelo conhecimento e provimento do recurso.” (grifei) Cabe enfatizar, por oportuno, que a pretensão deduzida na presente sede recursal limita-se, tão somente, à homologação do procedimento a que se refere o art. 8º da Lei 8.460/92, com o fim de promover o enquadramento dos servidores públicos ora recorridos no pertinente Plano de Classificação de Carreiras, tendo em vista o conteúdo da Portaria MAARA nº 24/1994. Vê-se, desse modo, que os ora agravados não pleiteiam, nesta sede processual, o acesso ao benefício constitucional da estabilidade anômala (ADCT, art. 19) – cuja disciplina constitucional impõe, para efeito de sua concessão, o necessário e simultâneo atendimento, pelo servidor público civil, dos requisitos de índole constitucional (RTJ 134/144, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – nem buscam o reconhecimento de efetividade nos cargos públicos por eles ocupados – o que exigiria a prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II). Acolho, integralmente, como razão de decidir, os fundamentos em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982-AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692- -AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.). Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI): “Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público, ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.” (AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação. Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, as razões do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada. É o meu voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI): “Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público, ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.” (AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação. Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, as razões do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada. É o meu voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 10/10/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO (1120A/DF) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E80F-9B50-089F-7D25 e senha E115-1F18-DB88-AF9A Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO (1120A/DF) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E80F-9B50-089F-7D25 e senha E115-1F18-DB88-AF9A Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754198532
2020-10-10T00:00:00
2020-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020.
AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA
E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDORES PÚBLICOS – PRETENDIDA HOMOLOGAÇÃO DO PROCEDIMENTO A QUE SE REFERE O ART. 8º DA LEI Nº 8.460/92 – ENQUADRAMENTO NO PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARREIRAS – POSSIBILIDADE – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur434706
- Acórdão(s) citado(s): (MOTIVAÇÃO PER RELATIONEM) HC 54513, AI 738982 AgR (2ªT), AI 813692 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 25/02/2021, BMP.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
24612
[ "LEG-FED LEI-008460 ANO-1992\n LEI ORDINÁRIA" ]
RMS-AgR
acordaos
RMS 24612 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO
[ "" ]
Ementa e Acórdão 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDORES PÚBLICOS – PRETENDIDA HOMOLOGAÇÃO DO PROCEDIMENTO A QUE SE REFERE O ART. 8... DA LEI n 8.460/92 – ENQUADRAMENTO NO PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARREIRAS – POSSIBILIDADE – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, Sessão Virtual de 02 a 09 de outubro de 2020. CELSO DE MELLO – RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1A8E-8916-4ACA-0F2B e senha 020F-A3F8-444A-5EED Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que, por mim proferida, deu provimento ao recurso ordinário deduzido, pela parte ora agravada, em face de acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça. Inconformada com esse ato decisório, a ora recorrente interpõe este recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas pela parte agravante, submeto à apreciação desta colenda Turma o presente recurso de agravo. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 32C5-7A2E-EBEF-1AE9 e senha 9A76-427A-AD6E-E904 Supremo Tribunal Federal 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que, por mim proferida, deu provimento ao recurso ordinário deduzido, pela parte ora agravada, em face de acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça. Inconformada com esse ato decisório, a ora recorrente interpõe este recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas pela parte agravante, submeto à apreciação desta colenda Turma o presente recurso de agravo. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 32C5-7A2E-EBEF-1AE9 e senha 9A76-427A-AD6E-E904 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo não assistir razão à parte agravante, eis que a decisão ora recorrida ajusta-se, com integral fidelidade, ao magistério jurisprudencial firmado por esta Suprema Corte na matéria em exame. Tal como tive o ensejo de ressaltar no ato decisório agravado, o Ministério Público Federal, em manifestação da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. SANDRA CUREAU, ao opinar pelo provimento do recurso ordinário, formulou parecer que está assim ementado (fls. 330): “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. INCLUSÃO NO PCC. I – SERVIDORES QUE TIVERAM SUAS SITUAÇÕES FUNCIONAIS ALTERADAS PELA ADMINISTRAÇÃO, PASSANDO A SER REGIDOS PELA LEI 8.112/90. II – POSSIBILIDADE DE RECLASSIFICAÇÃO DO CARGO PÚBLICO, DE ACORDO COM O PCC, SEM A ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS. III – A ESTABILIDADE, ATRIBUTO PESSOAL DO FUNCIONÁRIO, NÃO É UMA CONDIÇÃO EXIGIDA PARA A SUA INSERÇÃO NO PCC. IV – PARECER PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO.” Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo não assistir razão à parte agravante, eis que a decisão ora recorrida ajusta-se, com integral fidelidade, ao magistério jurisprudencial firmado por esta Suprema Corte na matéria em exame. Tal como tive o ensejo de ressaltar no ato decisório agravado, o Ministério Público Federal, em manifestação da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. SANDRA CUREAU, ao opinar pelo provimento do recurso ordinário, formulou parecer que está assim ementado (fls. 330): “RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. INCLUSÃO NO PCC. I – SERVIDORES QUE TIVERAM SUAS SITUAÇÕES FUNCIONAIS ALTERADAS PELA ADMINISTRAÇÃO, PASSANDO A SER REGIDOS PELA LEI 8.112/90. II – POSSIBILIDADE DE RECLASSIFICAÇÃO DO CARGO PÚBLICO, DE ACORDO COM O PCC, SEM A ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS. III – A ESTABILIDADE, ATRIBUTO PESSOAL DO FUNCIONÁRIO, NÃO É UMA CONDIÇÃO EXIGIDA PARA A SUA INSERÇÃO NO PCC. IV – PARECER PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO.” Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 333/334): “Os recorrentes ingressaram no serviço público por convênio, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Ocorre que não completaram os cinco anos exigidos para a aquisição da estabilidade extraordinária, prevista no art. 19 do ADCT. Contudo, a Administração reconheceu o vínculo empregatício dos funcionários, integrando-os ao Regime Jurídico único, por meio da Portaria 24/94, do Ministério da Agricultura. Assim, como passaram a ser servidores públicos, não-estáveis, seus cargos foram reclassificados, segundo o Plano de Classificação de Cargos e Salários. Como visto, a inclusão dos funcionários públicos no PCC decorre da alteração de seus regimes funcionais: passaram a ser estatutários, não havendo ilegalidade alguma nesse reenquadramento, vez que as mesmas atribuições funcionais foram mantidas no cargo equivalente, que consta na Lei 5.645/70. No entanto, o acórdão impugnado concedeu a segurança somente aos estáveis. Ora, a estabilidade é um atributo pessoal do funcionário (Recurso Extraordinário 163715, MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 19.12.96), não servindo de parâmetro para a análise de inclusão do servidor no PCC, eis que tal inserção depende, apenas, das funções exercidas pelo mesmo. Ressalte-se, ainda, que a lei não exige a estabilidade como condição para se promover tal inclusão. Desse modo, a decisão recorrida fez indevida distinção, pois tanto os estáveis (beneficiados) quanto os não-estáveis (recorrentes) são estatutários, sendo a estabilidade importante, apenas, para se aferir a possibilidade de exoneração ‘ad nutum’ do servidor público. Além disso, deve-se frisar que não foi deferida aos recorrentes qualquer forma de provimento derivado em outro cargo público, nem mesmo a promoção. Tão somente, houve a correspondência, no PCC, do cargo que ocupavam, eis que passaram a ser regidos pela Lei 8.112/90. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 333/334): “Os recorrentes ingressaram no serviço público por convênio, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Ocorre que não completaram os cinco anos exigidos para a aquisição da estabilidade extraordinária, prevista no art. 19 do ADCT. Contudo, a Administração reconheceu o vínculo empregatício dos funcionários, integrando-os ao Regime Jurídico único, por meio da Portaria 24/94, do Ministério da Agricultura. Assim, como passaram a ser servidores públicos, não-estáveis, seus cargos foram reclassificados, segundo o Plano de Classificação de Cargos e Salários. Como visto, a inclusão dos funcionários públicos no PCC decorre da alteração de seus regimes funcionais: passaram a ser estatutários, não havendo ilegalidade alguma nesse reenquadramento, vez que as mesmas atribuições funcionais foram mantidas no cargo equivalente, que consta na Lei 5.645/70. No entanto, o acórdão impugnado concedeu a segurança somente aos estáveis. Ora, a estabilidade é um atributo pessoal do funcionário (Recurso Extraordinário 163715, MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 19.12.96), não servindo de parâmetro para a análise de inclusão do servidor no PCC, eis que tal inserção depende, apenas, das funções exercidas pelo mesmo. Ressalte-se, ainda, que a lei não exige a estabilidade como condição para se promover tal inclusão. Desse modo, a decisão recorrida fez indevida distinção, pois tanto os estáveis (beneficiados) quanto os não-estáveis (recorrentes) são estatutários, sendo a estabilidade importante, apenas, para se aferir a possibilidade de exoneração ‘ad nutum’ do servidor público. Além disso, deve-se frisar que não foi deferida aos recorrentes qualquer forma de provimento derivado em outro cargo público, nem mesmo a promoção. Tão somente, houve a correspondência, no PCC, do cargo que ocupavam, eis que passaram a ser regidos pela Lei 8.112/90. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF Ante o exposto, opina o Ministério Público Federal pelo conhecimento e provimento do recurso.” (grifei) Cabe enfatizar, por oportuno, que a pretensão deduzida na presente sede recursal limita-se, tão somente, à homologação do procedimento a que se refere o art. 8... da Lei 8.460/92, com o fim de promover o enquadramento dos servidores públicos ora recorridos no pertinente Plano de Classificação de Carreiras, tendo em vista o conteúdo da Portaria MAARA n 24/1994. Vê-se, desse modo, que os ora agravados não pleiteiam, nesta sede processual, o acesso ao benefício constitucional da estabilidade anômala (ADCT, art. 19) – cuja disciplina constitucional impõe, para efeito de sua concessão, o necessário e simultâneo atendimento, pelo servidor público civil, dos requisitos de índole constitucional (RTJ 134/144, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – nem buscam o reconhecimento de efetividade nos cargos públicos por eles ocupados – o que exigiria a prévia aprovação em concurso público (Constituição Federal de 1988, art. 37, II). Acolho, integralmente, como razão de decidir, os fundamentos em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982-AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692- -AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Recurso Extraordinário 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.). Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF Ante o exposto, opina o Ministério Público Federal pelo conhecimento e provimento do recurso.” (grifei) Cabe enfatizar, por oportuno, que a pretensão deduzida na presente sede recursal limita-se, tão somente, à homologação do procedimento a que se refere o art. 8... da Lei 8.460/92, com o fim de promover o enquadramento dos servidores públicos ora recorridos no pertinente Plano de Classificação de Carreiras, tendo em vista o conteúdo da Portaria MAARA n 24/1994. Vê-se, desse modo, que os ora agravados não pleiteiam, nesta sede processual, o acesso ao benefício constitucional da estabilidade anômala (ADCT, art. 19) – cuja disciplina constitucional impõe, para efeito de sua concessão, o necessário e simultâneo atendimento, pelo servidor público civil, dos requisitos de índole constitucional (RTJ 134/144, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – nem buscam o reconhecimento de efetividade nos cargos públicos por eles ocupados – o que exigiria a prévia aprovação em concurso público (Constituição Federal de 1988, art. 37, II). Acolho, integralmente, como razão de decidir, os fundamentos em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982-AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692- -AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Recurso Extraordinário 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.). Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RMS 24612 AGR / DF por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Recurso Extraordinário 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – Recurso Extraordinário 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI): “Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público, ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.” (AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação. Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, as razões do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada. É o meu voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Supremo Tribunal Federal RMS 24612 AGR / DF por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Recurso Extraordinário 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – Recurso Extraordinário 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI): “Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público, ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.” (AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação. Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, as razões do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada. É o meu voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 51B5-C998-DCF4-37D4 e senha 189A-EED4-3705-FE71 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Extrato de Ata - 10/10/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO (1120A/DF) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E80F-9B50-089F-7D25 e senha E115-1F18-DB88-AF9A Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.612 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANNA ELIZABETH RIZZO ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO (1120A/DF) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E80F-9B50-089F-7D25 e senha E115-1F18-DB88-AF9A Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RMS 24612", "Recurso Extraordinário 163715", "Recurso Extraordinário 163715", "ADCT", "RTJ 134 / 144", "AI 738 . 982 - AgR / PR", "AI 813 . 692 - - AgR / RS", "MS 28 . 677 - MC / DF", "MS 28 . 989 - MC / PR", "Recurso Extraordinário 172 . 292 / SP", "RTJ 134 / 144", "AI 738 . 982 - AgR / PR", "AI 813 . 692 - - AgR / RS", "MS 28 . 677 - MC / DF", "MS 28 . 989 - MC / PR", "Recurso Extraordinário 172 . 292 / SP", "RMS 24612 AGR / DF", "HC 54 . 513 / DF", "Recurso Extraordinário 37 . 879 / MG", "Recurso Extraordinário 49 . 074 / MA", "AI 825 . 520 - AgR - ED / SP", "RMS 24612 AGR", "HC 54 . 513 / DF", "Recurso Extraordinário 37 . 879 / MG", "Recurso Extraordinário 49 . 074 / MA", "AI 825 . 520 - AgR - ED / SP" ], "LEGISLACAO": [ "LEI n 8 . 460 / 92", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 8 . 112 / 90", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 8 . 112 / 90", "Medida Provisória n 2 . 200 - 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Ementa e Acórdão 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 9.9.2020. PENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. FIADOR. CONTRATO DE LOCAÇÃO COMERCIAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 3.9.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. 2. Verifica-se que quando se trata de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, o que não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual de 6 a 13 de novembro de 2020, sob a Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de novembro de 2020. Ministro EDSON FACHIN Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 1277481 AGR / SP Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática em que dei provimento ao recurso extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 28): “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 7): “Agravo de instrumento. Locação comercial. Penhora de imóvel de titularidade da fiadora. Exceção de pré executividade. Desacolhimento da exceção com lastro no art. 3º, VII, da Lei n.º 8.009/90. Razões recursais nas quais não se nega a condição de fiadora da agravante, deduzindo-se pleito contra expresso texto de lei. Observância da Repercussão Geral do Recurso Extraordinário 612.360-SP. RECURSO DESPROVIDO.” Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (eDOC 11). No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5º e 6º da Constituição da República. Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a impenhorabilidade do bem de família do fiador de contrato de locação comercial, ante a disposição constitucional referente ao direito de moradia e a proteção à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática em que dei provimento ao recurso extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 28): “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 7): “Agravo de instrumento. Locação comercial. Penhora de imóvel de titularidade da fiadora. Exceção de pré executividade. Desacolhimento da exceção com lastro no art. 3º, VII, da Lei n.º 8.009/90. Razões recursais nas quais não se nega a condição de fiadora da agravante, deduzindo-se pleito contra expresso texto de lei. Observância da Repercussão Geral do Recurso Extraordinário 612.360-SP. RECURSO DESPROVIDO.” Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (eDOC 11). No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5º e 6º da Constituição da República. Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a impenhorabilidade do bem de família do fiador de contrato de locação comercial, ante a disposição constitucional referente ao direito de moradia e a proteção à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 1277481 AGR / SP dignidade da pessoa humana (eDOC 16). Alega-se, ademais, que, por se tratar de contrato de locação comercial, a demanda distingue-se do Tema 295 da sistemática da repercussão geral, cujo leading case é o RE 612.360-RG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie (eDOC 16). A Presidência da seção de direito privado do TJSP admitiu o recurso extraordinário (eDOC 21). É o relatório. Decido. A irresignação merece prosperar. Inicialmente, observo que a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 03.09.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do RE 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno, trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP dignidade da pessoa humana (eDOC 16). Alega-se, ademais, que, por se tratar de contrato de locação comercial, a demanda distingue-se do Tema 295 da sistemática da repercussão geral, cujo leading case é o RE 612.360-RG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie (eDOC 16). A Presidência da seção de direito privado do TJSP admitiu o recurso extraordinário (eDOC 21). É o relatório. Decido. A irresignação merece prosperar. Inicialmente, observo que a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 03.09.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do RE 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno, trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório RE 1277481 AGR / SP locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 pela Emenda Constitucional nº 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do RE nº 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6º da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático nº 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema nº 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 pela Emenda Constitucional nº 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do RE nº 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6º da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático nº 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema nº 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório RE 1277481 AGR / SP compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5º, caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” No mesmo sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5º, caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” No mesmo sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório RE 1277481 AGR / SP DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Destacam-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas proferidas em casos semelhantes ao dos autos: RE 1.256.594, de minha relatoria, DJe de 11.03.2020; RE 1.280.380, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 05.08.2020; RE 1.271.234, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 23.06.2020; RE 1.268.112, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03.06.2020; RE 1.223.149, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.08.2019. Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, com base no art. 932, V, b, e VIII, do CPC, determinando o retorno dos autos ao Tribunal a quo a fim de que seja observada a jurisprudência deste Tribunal, assentada a impossibilidade da penhora do bem de família nos contratos de locação comercial.” Nas razões do agravo, sustenta-se que “a questão posta a julgamento no presente recurso já se encontra preclusa, pois, já transitada em julgado a decisão que reconheceu a possibilidade de penhora do imóvel da então recorrente, ora agravada “, no processo de conhecimento anterior (eDOC 29). A parte agravada, em contrarrazões, defende a manutenção do ato impugnado (eDOC 46). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Destacam-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas proferidas em casos semelhantes ao dos autos: RE 1.256.594, de minha relatoria, DJe de 11.03.2020; RE 1.280.380, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 05.08.2020; RE 1.271.234, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 23.06.2020; RE 1.268.112, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03.06.2020; RE 1.223.149, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.08.2019. Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, com base no art. 932, V, b, e VIII, do CPC, determinando o retorno dos autos ao Tribunal a quo a fim de que seja observada a jurisprudência deste Tribunal, assentada a impossibilidade da penhora do bem de família nos contratos de locação comercial.” Nas razões do agravo, sustenta-se que “a questão posta a julgamento no presente recurso já se encontra preclusa, pois, já transitada em julgado a decisão que reconheceu a possibilidade de penhora do imóvel da então recorrente, ora agravada “, no processo de conhecimento anterior (eDOC 29). A parte agravada, em contrarrazões, defende a manutenção do ato impugnado (eDOC 46). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada. Conforme assentado em sede monocrática, a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do RE 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno,trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 pela Emenda Constitucional nº 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada. Conforme assentado em sede monocrática, a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do RE 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno,trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 pela Emenda Constitucional nº 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN RE 1277481 AGR / SP Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do RE nº 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6º da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático nº 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema nº 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do RE nº 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6º da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático nº 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema nº 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN RE 1277481 AGR / SP assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5º, caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” Destaco que a decisão da Primeira Turma, no RE 605.709/SP, restou igualmente aplicada pela Segunda Turma, conforme ementa abaixo transcrita: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Por oportuno, registre-se o entendimento que se consolida no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5º, caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” Destaco que a decisão da Primeira Turma, no RE 605.709/SP, restou igualmente aplicada pela Segunda Turma, conforme ementa abaixo transcrita: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Por oportuno, registre-se o entendimento que se consolida no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN RE 1277481 AGR / SP presente julgamento no sentido de que se, no caso de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, tal não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. Essa diretriz protetiva estende-se, portanto, a todas fases processuais, inclusive execução de acordo judicial, como o caso dos autos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal RE 1277481 AGR / SP presente julgamento no sentido de que se, no caso de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, tal não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. Essa diretriz protetiva estende-se, portanto, a todas fases processuais, inclusive execução de acordo judicial, como o caso dos autos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Extrato de Ata - 16/11/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) : DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) : CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO (136719/SP) AGDO.(A/S) : THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) : DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL (237493/SP) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 6.11.2020 a 13.11.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Nunes Marques. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 08A1-F078-9D9B-D3AC e senha F375-EA76-EADC-3CDA Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) : DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) : CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO (136719/SP) AGDO.(A/S) : THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) : DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL (237493/SP) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 6.11.2020 a 13.11.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Nunes Marques. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 08A1-F078-9D9B-D3AC e senha F375-EA76-EADC-3CDA Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754445993
2020-11-16T00:00:00
2020-11-23T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 6.11.2020 a 13.11.2020.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 9.9.2020. PENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. FIADOR. CONTRATO DE LOCAÇÃO COMERCIAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no RE 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 3.9.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. 2. Verifica-se que quando se trata de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, o que não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur443084
- Acórdão(s) citado(s): (IMPENHORABILIDADE, BEM DE FAMÍLIA, FIADOR, LOCAÇÃO COMERCIAL) RE 605709 (1ªT), RE 1228652 AgR (2ªT). Número de páginas: 12. Análise: 25/03/2021, BMP.
EDSON FACHIN
Segunda Turma
1277481
null
RE-AgR
acordaos
RE 1277481 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) : CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) : THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) : DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL
[ "" ]
Ementa e Acórdão 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 9.9.2020. PENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. FIADOR. CONTRATO DE LOCAÇÃO COMERCIAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no Recurso Extraordinário 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 3.9.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. 2. Verifica-se que quando se trata de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, o que não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual de 6 a 13 de novembro de 2020, sob a Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de novembro de 2020. Ministro EDSON FACHIN Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 28E9-FB9D-7071-A6FF e senha CABC-078F-9477-A36B Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática em que dei provimento ao recurso extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 28): “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 7): “Agravo de instrumento. Locação comercial. Penhora de imóvel de titularidade da fiadora. Exceção de pré executividade. Desacolhimento da exceção com lastro no art. 3..., VII, da Lei n. 8.009/90. Razões recursais nas quais não se nega a condição de fiadora da agravante, deduzindo-se pleito contra expresso texto de lei. Observância da Repercussão Geral do Recurso Extraordinário 612.360-SP. RECURSO DESPROVIDO.” Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (eDOC 11). No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5... e 6... da Constituição da República. Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a impenhorabilidade do bem de família do fiador de contrato de locação comercial, ante a disposição constitucional referente ao direito de moradia e a proteção à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) :DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) :CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO AGDO.(A/S) :THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) :DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática em que dei provimento ao recurso extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 28): “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 7): “Agravo de instrumento. Locação comercial. Penhora de imóvel de titularidade da fiadora. Exceção de pré executividade. Desacolhimento da exceção com lastro no art. 3..., VII, da Lei n. 8.009/90. Razões recursais nas quais não se nega a condição de fiadora da agravante, deduzindo-se pleito contra expresso texto de lei. Observância da Repercussão Geral do Recurso Extraordinário 612.360-SP. RECURSO DESPROVIDO.” Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (eDOC 11). No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5... e 6... da Constituição da República. Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a impenhorabilidade do bem de família do fiador de contrato de locação comercial, ante a disposição constitucional referente ao direito de moradia e a proteção à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP dignidade da pessoa humana (eDOC 16). Alega-se, ademais, que, por se tratar de contrato de locação comercial, a demanda distingue-se do Tema 295 da sistemática da repercussão geral, cujo leading case é o Recurso Extraordinário 612.360-RG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie (eDOC 16). A Presidência da seção de direito privado do TJSP admitiu o recurso extraordinário (eDOC 21). É o relatório. Decido. A irresignação merece prosperar. Inicialmente, observo que a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no Recurso Extraordinário 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 03.09.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do Recurso Extraordinário 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno, trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP dignidade da pessoa humana (eDOC 16). Alega-se, ademais, que, por se tratar de contrato de locação comercial, a demanda distingue-se do Tema 295 da sistemática da repercussão geral, cujo leading case é o Recurso Extraordinário 612.360-RG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie (eDOC 16). A Presidência da seção de direito privado do TJSP admitiu o recurso extraordinário (eDOC 21). É o relatório. Decido. A irresignação merece prosperar. Inicialmente, observo que a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no Recurso Extraordinário 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 03.09.2010, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do Recurso Extraordinário 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno, trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 pela Emenda Constitucional n 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do Recurso Extraordinário n 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6... da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático n 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema n 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 pela Emenda Constitucional n 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do Recurso Extraordinário n 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6... da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático n 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema n 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP compatibilidade da exceção prevista no art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6... da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5..., caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” No mesmo sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP compatibilidade da exceção prevista no art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6... da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5..., caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” No mesmo sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (Recurso Extraordinário 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Destacam-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas proferidas em casos semelhantes ao dos autos: Recurso Extraordinário 1.256.594, de minha relatoria, DJe de 11.03.2020; Recurso Extraordinário 1.280.380, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 05.08.2020; Recurso Extraordinário 1.271.234, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 23.06.2020; Recurso Extraordinário 1.268.112, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03.06.2020; Recurso Extraordinário 1.223.149, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.08.2019. Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, com base no art. 932, V, b, e VIII, do Código de Processo Civil, determinando o retorno dos autos ao Tribunal a quo a fim de que seja observada a jurisprudência deste Tribunal, assentada a impossibilidade da penhora do bem de família nos contratos de locação comercial.” Nas razões do agravo, sustenta-se que “a questão posta a julgamento no presente recurso já se encontra preclusa, pois, já transitada em julgado a decisão que reconheceu a possibilidade de penhora do imóvel da então recorrente, ora agravada “, no processo de conhecimento anterior (eDOC 29). A parte agravada, em contrarrazões, defende a manutenção do ato impugnado (eDOC 46). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (Recurso Extraordinário 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Destacam-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas proferidas em casos semelhantes ao dos autos: Recurso Extraordinário 1.256.594, de minha relatoria, DJe de 11.03.2020; Recurso Extraordinário 1.280.380, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 05.08.2020; Recurso Extraordinário 1.271.234, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 23.06.2020; Recurso Extraordinário 1.268.112, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03.06.2020; Recurso Extraordinário 1.223.149, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.08.2019. Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, com base no art. 932, V, b, e VIII, do Código de Processo Civil, determinando o retorno dos autos ao Tribunal a quo a fim de que seja observada a jurisprudência deste Tribunal, assentada a impossibilidade da penhora do bem de família nos contratos de locação comercial.” Nas razões do agravo, sustenta-se que “a questão posta a julgamento no presente recurso já se encontra preclusa, pois, já transitada em julgado a decisão que reconheceu a possibilidade de penhora do imóvel da então recorrente, ora agravada “, no processo de conhecimento anterior (eDOC 29). A parte agravada, em contrarrazões, defende a manutenção do ato impugnado (eDOC 46). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1ECC-A6B6-C041-BD44 e senha EECC-2E79-6B5C-B86D Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada. Conforme assentado em sede monocrática, a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no Recurso Extraordinário 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do Recurso Extraordinário 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno,trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 pela Emenda Constitucional n 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal 16/11/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada. Conforme assentado em sede monocrática, a matéria discutida nos presentes autos não guarda similitude com a tratada no Recurso Extraordinário 612.360, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, Tema 295, cuja repercussão geral foi reconhecida. Naquela oportunidade, discutiu-se a legitimidade da penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação residencial, situação diversa da presente demanda, em que se discute a penhorabilidade de bem de família de fiador em contrato de locação comercial. Com efeito, a Primeira Turma desta Corte, ao apreciar matéria análoga à presente, no julgamento do Recurso Extraordinário 605.709, redatora para o acórdão Min. Rosa Weber, realizou o distinguishing entre o paradigma da repercussão geral e a controvérsia dos autos e entendeu ser impenhorável bem de família do fiador em contrato de locação comercial. Por oportuno,trago à colação trecho do voto condutor do referido julgado: “Ocorre que o caso então examinado pelo Plenário, naquela sessão de julgamento, dizia respeito a fiança prestada como garantia em contrato de locação residencial. Esse aspecto foi determinante para um juízo de aderência da penhora do bem de família do fiador à ordem constitucional, tomado em conta, nessa perspectiva, o impacto que eventual compreensão pela impenhorabilidade teria no mercado de locações residenciais e no correlato direito à moradia de potenciais locatários. Significa dizer que a recepção do art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 pela Emenda Constitucional n 26/2000 foi afirmada, no referido precedente, a partir de um juízo de ponderação entre o direito à moradia de fiadores e idêntico direito de locatários (ou candidatos a locatários). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do Recurso Extraordinário n 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6... da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático n 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema n 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6... da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP Ao entendimento, portanto, de que a exceção à impenhorabilidade do bem de família, quanto ao fiador em contrato de locação residencial, configurava medida de promoção do próprio direito à moradia, relativamente aos locatários, entendeu esta Suprema Corte por sua compatibilidade com a Constituição da República. (...) O fragmento acima não deixa dúvida de que o Plenário desta Suprema Corte, ao julgamento do Recurso Extraordinário n 407.688, cotejou, repiso, o direito à moradia do fiador com idêntico direito dos candidatos a locatários, esposando, ao final, a compreensão de que o 'acesso à habitação arrendada' sofreria revés, se fragilizada a garantia fidejussória, pela afirmação da impenhorabilidade do bem de família do fiador. Isso porque, segundo a corrente majoritária então formada, a exclusão do bem de família do fiador do alcance da garantia fidejussória prestada em contrato de locação residencial teria como resultado a exigência, por locadores, de outras modalidades de garantia, mais onerosas, a serem prestadas pelos locatários, a exemplo de cauções ou seguros, em cenário paradoxalmente suscetível de dificultar ou mesmo inviabilizar, em alguns casos, a consecução do próprio direito à moradia, previsto no art. 6... da Magna Carta. Esse entendimento restou reafirmado ao julgamento do recurso extraordinário paradigmático n 612.360, ocasião em que, enfrentado o tema n 295 da repercussão geral, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a seguinte tese: 'É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3..., VII, da Lei n 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6... da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.' A reafirmação da jurisprudência, no aludido apelo extremo paradigmático, teve por base precedentes que enfocaram a fiança prestada para viabilizar locação residencial, como bem ressaltou o Ministro Roberto Barroso, na presente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5..., caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” Destaco que a decisão da Primeira Turma, no Recurso Extraordinário 605.709/SP, restou igualmente aplicada pela Segunda Turma, conforme ementa abaixo transcrita: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (Recurso Extraordinário 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Por oportuno, registre-se o entendimento que se consolida no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP assentada, em voto-vista proferido depois da manifestação do Ministro Dias Toffoli. Essa circunstância distintiva impede, portanto, a submissão do caso concreto ora em julgamento, que envolve contrato de locação de imóvel comercial, às mesmas balizas que orientaram a decisão proferida por este Suprema Corte sob o regime da repercussão geral, restrita aquela, em suas razões de decidir, ao exame da constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação residencial. Realçada a diferença entre as premissas fáticas que orientaram o paradigma julgado sob o regime da repercussão geral e as presentes no caso concreto (distinguishing), reitero a incompatibilidade, a meu juízo, da penhora do bem de família do fiador em contrato de locação comercial com o direito fundamental social à moradia, bem como com o princípio isonômico, veiculado no art. 5..., caput, da Magna Carta. Se na garantia prestada em contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia de locatários, como apontado nos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o mesmo não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial.” Destaco que a decisão da Primeira Turma, no Recurso Extraordinário 605.709/SP, restou igualmente aplicada pela Segunda Turma, conforme ementa abaixo transcrita: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (Recurso Extraordinário 1.228.652-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.12.2019) Por oportuno, registre-se o entendimento que se consolida no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. EDSON FACHIN Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP presente julgamento no sentido de que se, no caso de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, tal não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. Essa diretriz protetiva estende-se, portanto, a todas fases processuais, inclusive execução de acordo judicial, como o caso dos autos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Supremo Tribunal Federal Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP presente julgamento no sentido de que se, no caso de contrato de locação residencial é possível contrapor o direito à moradia de fiadores ao igualmente relevante direito à moradia dos locatários, tal não se verifica na hipótese de fiança em contrato de locação de imóvel comercial. Essa diretriz protetiva estende-se, portanto, a todas fases processuais, inclusive execução de acordo judicial, como o caso dos autos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do presente agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F9D0-6323-F007-253F e senha 0823-EFAE-E44C-9845 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Extrato de Ata - 16/11/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) : DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) : CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO (136719/SP) AGDO.(A/S) : THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) : DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL (237493/SP) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 6.11.2020 a 13.11.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Nunes Marques. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 08A1-F078-9D9B-D3AC e senha F375-EA76-EADC-3CDA Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.277.481 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. EDSON FACHIN AGTE.(S) : DOUGLAS RODRIGUES PIRES ADV.(A/S) : CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO (136719/SP) AGDO.(A/S) : THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT ADV.(A/S) : DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL (237493/SP) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 6.11.2020 a 13.11.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Nunes Marques. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 08A1-F078-9D9B-D3AC e senha F375-EA76-EADC-3CDA Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 277 . 481", "Recurso Extraordinário 612 . 360", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR /", "Recurso Extraordinário 612 . 360 - SP", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 277 . 481", "Recurso Extraordinário 612 . 360 - SP", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário 612 . 360 - RG", "Recurso Extraordinário 612 . 360", "Recurso Extraordinário 605 . 709", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário 612 . 360 -", "Recurso Extraordinário 612 . 360", "Recurso Extraordinário 605 . 709", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR", "Recurso Extraordinário n 407 . 688", "recurso extraordinário paradigmático n 612 . 360", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário n 407 . 688", "recurso extraordinário paradigmático n 612 . 360", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário 1 . 228 . 652 - AgR", "Recurso Extraordinário 1 . 256 . 594", "Recurso Extraordinário 1 . 280 . 380", "Recurso Extraordinário 1 . 271 . 234", "Recurso Extraordinário 1 . 268 . 112", "Recurso Extraordinário 1 . 223 . 149", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário 1 . 228 . 652 - AgR", "Recurso Extraordinário 1 . 256 . 594", "Recurso Extraordinário 1 . 280 . 380", "Recurso Extraordinário 1 . 271 . 234", "Recurso Extraordinário 1 . 268 . 112", "Recurso Extraordinário 1 . 223 . 149", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 277 . 481", "Recurso Extraordinário 612 . 360", "Recurso Extraordinário 605 . 709", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 277 . 481", "Recurso Extraordinário 612 . 360", "Recurso Extraordinário 605 . 709", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário n 407 . 688", "recurso extraordinário paradigmático n 612 . 360", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso Extraordinário n 407 . 688", "recurso extraordinário paradigmático n 612 . 360", "Recurso Extraordinário 1277481 AGR / SP", "Recurso 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Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "Emenda Constitucional n 26 / 2000", "Constituição da República", "art . 6 . . . da Magna Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "art . 6 . . . da Constituição Federal", "EC 26 / 2000", "art . 5 . . . , caput , da Magna Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "art . 6 . . . da Constituição Federal", "EC 26 / 2000", "art . 5 . . . , caput , da Magna Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 932 , V , b , e VIII , do Código de Processo Civil", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 932 , V , b , e VIII , do Código de Processo Civil", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "Emenda Constitucional n 26 / 2000", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "Emenda Constitucional n 26 / 2000", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "art . 6 . . . da Magna Carta", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "art . 6 . . . da Constituição Federal", "EC 26 / 2000", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "art . 6 . . . da Magna Carta", "art . 3 . . . , VII , da Lei n 8 . 009 / 1990", "art . 6 . . . da Constituição Federal", "EC 26 / 2000", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 5 . . . , caput , da Magna Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 5 . . . , caput , da Magna Carta", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Plenário", 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Weber", "EDSON FACHIN", "Roberto Barroso", "Roberto Barroso", "EDSON FACHIN", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "EDSON FACHIN", "EDSON FACHIN", "DOUGLAS RODRIGUES PIRES", "CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO", "THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT", "DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL", "Gilmar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Edson Fachin", "Nunes Marques", "Maria Clara Viotti Beck", "EDSON FACHIN", "DOUGLAS RODRIGUES PIRES", "CARLOS DE JESUS RAMOS RIBEIRO", "THEREZINHA ALMEIDA LIMA EBERT", "DENISE THEREZINHA TRAVAGLINI BETHIOL", "Gilmar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Edson Fachin", "Nunes Marques", "Maria Clara Viotti Beck" ], "TEMPO": [ "16", "/", "11", "/", "2020", "9", ".", "9", ".", "2020", "3", ".", "9", ".", "2010", "6", "13 de novembro de 2020", "16 de novembro", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "11", "/", "2020", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", 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Ementa e Acórdão 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :A.A.O. ADV.(A/S) :PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL). VIOLÊNCIA PRESUMIDA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO MONOCRÁTICA: INVIABILIDADE. PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇÃO PARA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL (ART. 215-A DO CÓDIGO PENAL). IMPROCEDÊNCIA. TIPO PENAL SUBSIDIÁRIO. PRECEDENTES. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE MANIFESTA OU TERATOLOGIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Brasília, 13 de outubro de 2020. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 27B4-8771-6530-4FBB e senha FB3D-C911-7A07-4708 Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 2 Extrato de Ata - 10/10/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : A.A.O. ADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS (31036/DF, 18111/GO, 104182/PR) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1C40-6D5C-B2ED-A18D e senha 4646-D755-776F-0422 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : A.A.O. ADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS (31036/DF, 18111/GO, 104182/PR) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1C40-6D5C-B2ED-A18D e senha 4646-D755-776F-0422 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 2
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754109554
2020-10-10T00:00:00
2020-10-16T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020.
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL). VIOLÊNCIA PRESUMIDA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO MONOCRÁTICA: INVIABILIDADE. PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇÃO PARA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL (ART. 215-A DO CÓDIGO PENAL). IMPROCEDÊNCIA. TIPO PENAL SUBSIDIÁRIO. PRECEDENTES. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE MANIFESTA OU TERATOLOGIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur433747
Número de páginas: 2. Análise: 09/03/2021, AMS.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
190147
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-0217A ART-0215A\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
RHC-AgR
acordaos
RHC 190147 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : A.A.O. ADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
[ "" ]
Ementa e Acórdão 10/10/2020 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :A.A.O. ADV.(A/S) :PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL). VIOLÊNCIA PRESUMIDA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO MONOCRÁTICA: INVIABILIDADE. PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇÃO PARA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL (ART. 215-A DO CÓDIGO PENAL). IMPROCEDÊNCIA. TIPO PENAL SUBSIDIÁRIO. PRECEDENTES. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE MANIFESTA OU TERATOLOGIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Brasília, 13 de outubro de 2020. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 27B4-8771-6530-4FBB e senha FB3D-C911-7A07-4708 Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 2 Extrato de Ata - 10/10/2020 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : A.A.O. ADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS (31036/DF, 18111/GO, 104182/PR) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1C40-6D5C-B2ED-A18D e senha 4646-D755-776F-0422 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 190.147 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : A.A.O. ADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS (31036/DF, 18111/GO, 104182/PR) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.10.2020 a 9.10.2020. Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Maria Clara Viotti Beck Secretária Documento assinado digitalmente conforme Medida Provisória n 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1C40-6D5C-B2ED-A18D e senha 4646-D755-776F-0422 Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 2
{ "JURISPRUDENCIA": null, "LEGISLACAO": [ "ART . 217 - A DO CÓDIGO PENAL", "ART . 215 - A DO CÓDIGO PENAL", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória n 2 .", "Medida Provisória n 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "GOIÁS", "Brasília", "GOIÁS", "GOIÁS" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Segunda Turma" ], "PESSOA": [ "PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS", "Gilmar Mendes", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS", "Gilmar Mendes", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Edson Fachin", "Maria Clara Viotti Beck", "CÁRMEN LÚCIA", "PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROS", "Gilmar Mendes", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Edson Fachin", "Maria Clara Viotti Beck" ], "TEMPO": [ "10", "/", "10", "/", "2020", "2", ".", "10", ".", "2020", "9", ".", "10", ".", "2020", "13 de outubro de 2020", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "10", "/", "2020", "2", ".", "10", ".", "2020", "9", ".", "10", ".", "2020", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", ".", "10", ".", "2020", "9", ".", "10", ".", "2020", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nPRIMEIRA TURMA\nAG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.287.587 PARAN(...TRUNCATED)
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2020-11-16T00:00:00
2020-11-23T00:00:00
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, com aplicação à parte agravante da(...TRUNCATED)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
"EMENTA: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL NÃO DECORRENTES DA RELAÇÃ(...TRUNCATED)
sjur436800
"- Acórdão(s) citado(s):\n(SÚMULA 279/STF)\nARE 829800 AgR (2ªT), ARE 882144 AgR-ED (2ªT). \nN(...TRUNCATED)
ROBERTO BARROSO
Primeira Turma
1287587
["LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011 ART-01021 PAR-00004\n (...TRUNCATED)
RE-AgR
acordaos
RE 1287587 AgR
[ "" ]
"AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM POSTOS DE SERVIÇOS DE COMBUSTÍVEIS E DERIVADOS DE PETRÓL(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nPRIMEIRA TURMA\nAG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.287.587 PARAN(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 287 . 587","SÚMULA 279 / Supremo Tribunal Federal",(...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nPRIMEIRA TURMA\nRECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 102.985 RIO DE (...TRUNCATED)
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754448977
2020-11-16T00:00:00
2020-11-23T00:00:00
"A Turma, por unanimidade, conheceu do recurso ordinário e negou-lhe provimento, nos termos do voto(...TRUNCATED)
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
"PENA – DOSIMETRIA – CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL. Sendo negativa circunstância judicial, cabível (...TRUNCATED)
sjur436767
Número de páginas: 6. Análise: 10/03/2021, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
102985
["LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00061 INC-00002 LET-B\n CP-1940 C(...TRUNCATED)
RHC
acordaos
RHC 102985
[ "" ]
"RECTE.(S) : ALBERTO CARLOS DOS SANTOS \nADV.(A/S) : KARINE FARIA BRAGA DE CARVALHO \nRECDO.(A/S) (...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nPRIMEIRA TURMA\nRECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 102.985 RIO DE (...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 102 . 985","RHC 102985 / RJ","RHC 102985 / R(...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nAÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.594 RONDÔNIA\n(...TRUNCATED)
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754002527
2020-09-16T00:00:00
2020-10-05T00:00:00
"O Tribunal, por maioria, julgou improcedente o pedido, nos termos do voto da Relatora, vencido parc(...TRUNCATED)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
"EMENTA\n\n\n\n AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONVERSÃO (...TRUNCATED)
sjur433096
"- Acórdão(s) citado(s):\n(LEI ESTADUAL, FIXAÇÃO, CUSTAS PROCESSUAIS)\nADI 3124 (TP), ADI 5470 ((...TRUNCATED)
ROSA WEBER
Tribunal Pleno
5594
["LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00005 \"CAPUT\" INC-00034 LET-A \n LET-B INC-00(...TRUNCATED)
ADI
acordaos
ADI 5594
[ "" ]
"REQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - CFOAB \nADV.(A/S) : OSWALDO PINHE(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nAÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.594 RONDÔNIA\n(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["AÇÃO","SÚMULA 667 DESTE","ADI 5594 / RO","Súmula 667 deste Supremo Tribunal (...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nSEGUNDA TURMA\nAG.REG. NO HABEAS CORPUS 192.625 ALAGOAS\nRELATOR\n:(...TRUNCATED)
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754475549
2020-11-16T00:00:00
2020-11-25T00:00:00
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Seg(...TRUNCATED)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS
"Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. IMPOSSIBILIDADE DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ANALISAR (...TRUNCATED)
sjur437040
Número de páginas: 2. Análise: 19/03/2021, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
192625
["LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00006 INC-00001 LET-A\n RISTF-1980 REGIM(...TRUNCATED)
HC-AgR
acordaos
HC 192625 AgR
[ "" ]
"AGTE.(S) : J.E.T.S. \nADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS \nAGDO.(A/S) : SU(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/11/2020\nSEGUNDA TURMA\nAG.REG. NO HABEAS CORPUS 192.625 ALAGOAS\nRELATOR\n:(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["HABEAS CORPUS 192 . 625","HABEAS CORPUS 192 . 625","HABEAS CORPUS 192 . 625"],"L(...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nSEGUNDA TURMA\nAG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.234.230 RIO GRA(...TRUNCATED)
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2020-09-16T00:00:00
2020-09-21T00:00:00
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Au(...TRUNCATED)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
"EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. GUARDA DE (...TRUNCATED)
sjur432082
"- Acórdão(s) citado(s):\n(DECISÃO JUDICIAL, FUNDAMENTAÇÃO)\nRE 140370 (1ªT), AI 791292 QO-RG.(...TRUNCATED)
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
1234230
["LEG-FED CF ANO-1891\n ART-00093 INC-00009\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO (...TRUNCATED)
RE-AgR
acordaos
RE 1234230 AgR
[ "" ]
"AGTE.(S) : JOAO KARAN NETO \nAGTE.(S) : EDISON RODRIGUES DA SILVA \nADV.(A/S) : DIONISIO RENZ BI(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nSEGUNDA TURMA\nAG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.234.230 RIO GRA(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 234 . 230","RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 234 . 230","(...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nREFERENDO EM TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CÍVEL ORIGIN(...TRUNCATED)
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754002544
2020-09-16T00:00:00
2020-10-05T00:00:00
"O Tribunal, por unanimidade, referendou a medida liminar que deferiu a tutela de urgência \"para d(...TRUNCATED)
REFERENDO EM TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA
"EMENTA\n\n\n\n TUTELA DE URGÊNCIA EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. BLOQUEIO DE VALORES PELA UNIÃO(...TRUNCATED)
sjur433113
"- Acórdão(s) citado(s):\n(BLOQUEIO, RECEITA ESTADUAL, REFINANCIAMENTO, DÍVIDA)\nAC 549 MC-QO (TP(...TRUNCATED)
ROSA WEBER
Tribunal Pleno
3108
["LEG-FED LEI-000156 ANO-2016\n LEI ORDINÁRIA\n\n","LEG-FED RGI ANO-19(...TRUNCATED)
ACO-TP-Ref
acordaos
ACO 3108 TP-Ref
[ "" ]
"AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAIS \nPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nREFERENDO EM TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CÍVEL ORIGIN(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3 . 108","ACO 3108","ACO 3108 TP","AÇÃO CÍVEL ORIGI(...TRUNCATED)
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nEMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.903 GOIÁS\nRELATORA\n(...TRUNCATED)
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2020-09-16T00:00:00
2020-10-05T00:00:00
"O Tribunal, por maioria, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora, venc(...TRUNCATED)
EMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA
"EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA AÇÃO RESCISÓRIA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRAD(...TRUNCATED)
sjur433117
"- Acórdão(s) citado(s):\n(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EFEITO MODIFICATIVO)\nARE 728047 AgR-ED (2ªT(...TRUNCATED)
CÁRMEN LÚCIA
Tribunal Pleno
1903
["LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-00485 INC-00009 ART-00752 ART-00766 \n (...TRUNCATED)
AR-ED
acordaos
AR 1903 ED
[ "" ]
"EMBTE.(S) : UNIÃO \nPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO \nEMBDO.(A/S) : ALCIDES INÁCIO DE(...TRUNCATED)
[ "" ]
"Ementa e Acórdão\n16/09/2020\nPLENÁRIO\nEMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.903 GOIÁS\nRELATORA\n(...TRUNCATED)
{"JURISPRUDENCIA":["AÇÃO RESCISÓRIA 1 . 903","AÇÃO RESCISÓRIA 1 . 903","AÇÃO RESCISÓRIA 1 .(...TRUNCATED)
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